Campanha Dezembro Vermelho, na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis)
A campanha Dezembro Vermelho é uma iniciativa brasileira, instituída no Brasil pela Lei nº 13.504/2017, busca gerar mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), com foco na prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV. O mês de dezembro foi escolhido para essa campanha devido à proximidade com datas festivas, como o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, celebrado em 1º de dezembro.
O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é um vírus que ataca as células de defesa do corpo, especificamente as células chamadas “CD 4”. Esse ataque enfraquece o organismo, tornando-o vulnerável a outras infecções. Em muitas situações, pela ausência de sintomas, a pessoa não desconfia que está convivendo com o vírus. Então, sem saber, não consegue tratar e ainda pode contaminar outras pessoas. Por isso, o rastreio através do exame de sangue (em laboratório ou teste rápido) ou de saliva é extremamente importante. Essa investigação precisa ser feita de forma recorrente, para que, em caso positivo, o paciente seja encaminhado para um serviço especializado onde, com orientação médica, haverá a indicação de medicamentos antirretrovirais.
Diagnóstico e tratamento são garantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), assim como a distribuição de preservativos gratuitos nos postos de saúde. Minas Gerais conta com 75 Serviços de Atendimento Especializado (SAE), Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) no estado, distribuídos em 65 municípios, que oferecem consultas multiprofissionais e distribuição de antirretrovirais a todos os pacientes.
O combate ao HIV e à AIDS é feito de maneira combinada. A primeira medida é buscar evitar que a pessoa se exponha ao vírus e isso é feito a partir do uso de preservativo nas relações sexuais e no não compartilhamento de seringas e de materiais perfurocortantes.
É importante observar o próprio corpo durante a higiene pessoal – isso pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial – e procurar o serviço de saúde ao perceber qualquer sinal ou sintoma. O uso do preservativo (camisinha), masculino ou feminino, em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), do HIV/Aids e das hepatites virais B e C, e são disponibilizadas gratuitamente pelo SUS.
Existem, ainda, os medicamentos de profilaxia para as situações de possível contaminação por HIV. A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) é utilizada antes de uma situação de risco de contágio, reduzindo a possibilidade de infecção. A PEP (Profilaxia Pós-Exposição) é uma combinação de antirretrovirais após alguma possibilidade de contaminação, como em casos de violência sexual, acidente com material perfurocortante e rompimento da camisinha. A PEP deve ser administrada o mais rápido possível, pelo menos entre as duas primeiras horas ou até três dias da exposição, e o uso é feito por 28 dias. A PrEP e a PEP não substituem o uso do preservativo.
O HIV/AIDS é uma preocupação global de saúde pública. No Brasil, a conscientização sobre a doença tornou-se mais intensa nas últimas décadas devido aos esforços de organizações não governamentais, profissionais de saúde, ativistas e governos em divulgar informações precisas sobre a prevenção, tratamento e apoio às pessoas soropositivas.
A luta do Dezembro Vermelho é contra o vírus, mas também sobre como a pessoa que convive com HIV é vista pela sociedade. O paciente, como todo cidadão, tem o direito a uma vida comum. A Lei nº 12.984, de 2 de junho de 2014, determina como crime qualquer discriminação cometida contra a pessoa que vive com HIV. Além desse documento, também foi publicada, em 1989, a Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da AIDS, disponível no site do Ministério da Saúde.
Dezembro Vermelho busca não apenas disseminar conhecimento, mas também reduzir o estigma e a discriminação associados às pessoas que vivem com HIV/AIDS. A cor vermelha foi escolhida como símbolo da luta contra a AIDS por representar a paixão, o amor e a solidariedade.
A campanha tem sido fundamental para promover um diálogo aberto sobre o HIV/AIDS, incentivando as pessoas a se informarem, a fazerem o teste e a se engajarem na luta contra a disseminação do vírus.Também tem sido um marco na conscientização sobre o tema, contribuindo para um ambiente mais informado, acolhedor e solidário em relação às pessoas que convivem com essa condição.
Vídeo
Sites
Ministério da Saúde
https://www.gov.br/aids/pt-br/assuntos/hiv-aids/direitos-das-pvha
https://www.youtube.com/watch?v=dLS2-e0io9E
Agência Minas
Sabin
https://blog.sabin.com.br/saude/o-que-e-dezembro-vermelho/
UNAIDS
Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS – ABIA
https://abiaids.org.br/
Diretoria de
Desenvolvimento de Pessoas – DIDP
Superintendência de
Gestão e Desenvolvimento de Pessoas – SGDP